Li na noite de ontem esse antigo conto de Ernest Hemingway, escrito em 1952.
O velho e o mar conta a história de um velho pescador que, depois de 84 dias sem apanhar um só peixe, acaba fisgando um de tamanho descomunal, que lhe oferece inusitada resistência e contra cuja força tem de opor a de seus braços, do seu corpo, e, mais do que tudo, de seu espírito.
Um homem só, no mar alto, com seus sonhos e pensamentos, suas fundas tristezas e ingênuas alegrias, amando com certa ternura o peixe com que trava ingente luta até levá-lo a uma derrota leal e honesta.
Já disse em outra postagem que gosto de Jorge Luiz Borges, daquela sua frase “nosso dever é a esperança”. Nessa leitura aprendi lição maior: “É uma estupidez não ter esperança. É um pecado perder a esperança”
Lanço aqui alguns fragmentos que anotei sobre o velho enquanto lutava com o peixe:
Lição 1. “Pode ser que não esteja tão forte como penso, mas conheço todos os truques e não me falta decisão”
Lição 2. “Em nossas lutas não deve haver pânico”
Lição 3. “É melhor ter sorte. Mas prefira fazer as coisas sempre bem. Se a sorte lhe sorrir, estarás preparado”
Lição 4. “Agora não é momento de pensar naquilo que você não tem. Pense antes no que pode fazer com aquilo que tem”
Que sintonia, meu marido me contou partes do livro essa semana,disse que gostaria de reler, pois foi ali que ele entendeu a complexidade a importância do trabalho no mar.
ResponderExcluirAproveito para registrar por escrito meus votos de um feliz aniversário. Que a esperança seja uma constante em sua vida. Saúde!
Li o livro, conforme falei pessoalmente, na época em que trabalhava no BCN, no município de Duque de Caxias, e estudava no centro do Rio (os dois pontos são distantes em 35 km).
ResponderExcluirPercorria o trajeto todo durante a noite. Ao sair do curso (fazia MBA em finanças) me deparava com moradores de rua e demais figuras perigosas que habitam a vida noturna das grandes metrópoles.
Estava cansado e com dúvidas sobre a atitude arriscada de frequentar aquele curso (quem já passou às 23 H pela linha vermelha sabe sobre o risco que estou relatando)
Encontrei tempo para ler o livro e, através dele, pude diminuir um pouco a carga emocional daquele período.
Poderá, ainda, aparecer um grande peixe quando acharmos que nossas forças já se esgotaram. Nesse momento teremos que pescá-lo substituíndo a força de nossos braços pela sabedoria de nossas mentes.