quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O velho e o mar

Li na noite de ontem esse antigo conto de Ernest Hemingway, escrito em 1952.

O velho e o mar conta a história de um velho pescador que, depois de 84 dias sem apanhar um só peixe, acaba fisgando um de tamanho descomunal, que lhe oferece inusitada resistência e contra cuja força tem de opor a de seus braços, do seu corpo, e, mais do que tudo, de seu espírito.

Um homem só, no mar alto, com seus sonhos e pensamentos, suas fundas tristezas e ingênuas alegrias, amando com certa ternura o peixe com que trava ingente luta até levá-lo a uma derrota leal e honesta.

Já disse em outra postagem que gosto de Jorge Luiz Borges, daquela sua frase “nosso dever é a esperança”. Nessa leitura aprendi lição maior: “É uma estupidez não ter esperança. É um pecado perder a esperança

Lanço aqui alguns fragmentos que anotei sobre o velho enquanto lutava com o peixe:

Lição 1. “Pode ser que não esteja tão forte como penso, mas conheço todos os truques e não me falta decisão

Lição 2. “Em nossas lutas não deve haver pânico

Lição 3. “É melhor ter sorte. Mas prefira fazer as coisas sempre bem. Se a sorte lhe sorrir, estarás preparado

Lição 4. “Agora não é momento de pensar naquilo que você não tem. Pense antes no que pode fazer com aquilo que tem

2 comentários:

  1. Que sintonia, meu marido me contou partes do livro essa semana,disse que gostaria de reler, pois foi ali que ele entendeu a complexidade a importância do trabalho no mar.
    Aproveito para registrar por escrito meus votos de um feliz aniversário. Que a esperança seja uma constante em sua vida. Saúde!

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  2. Li o livro, conforme falei pessoalmente, na época em que trabalhava no BCN, no município de Duque de Caxias, e estudava no centro do Rio (os dois pontos são distantes em 35 km).

    Percorria o trajeto todo durante a noite. Ao sair do curso (fazia MBA em finanças) me deparava com moradores de rua e demais figuras perigosas que habitam a vida noturna das grandes metrópoles.

    Estava cansado e com dúvidas sobre a atitude arriscada de frequentar aquele curso (quem já passou às 23 H pela linha vermelha sabe sobre o risco que estou relatando)

    Encontrei tempo para ler o livro e, através dele, pude diminuir um pouco a carga emocional daquele período.

    Poderá, ainda, aparecer um grande peixe quando acharmos que nossas forças já se esgotaram. Nesse momento teremos que pescá-lo substituíndo a força de nossos braços pela sabedoria de nossas mentes.

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