tag:blogger.com,1999:blog-25635000532452316632024-03-05T03:41:09.080-08:00Antonio GavazzoniAntonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.comBlogger56125tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-2661363848562613412015-11-01T06:24:00.000-08:002015-11-01T06:24:01.318-08:00Desinformação na internet: barreira à expansão do conhecimento<div class="MsoNormal">
04 de agosto 2015 (artigo publicado pela Associação dos
Jornais Diários do Interior de SC)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Por Antonio Gavazzoni<o:p></o:p></div>
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Comente aqui no blog ou por email: <a href="mailto:contatogavazzoni@gmail.com">contatogavazzoni@gmail.com</a><o:p></o:p></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxrPzLYd__od3IWCpmeJ4jOQay9jp56qWaruS2QoaD1Fctd9R4pAQr9R6zBBJ6wIRGy_L1UdhyXQCfBXkG7MKyUOZaBGEdt1bLWboIIg9XdqbAAVXN8bGTZKwWe7hNmKqIK9UqJs8Zh5UW/s1600/woman-163425_640internet.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxrPzLYd__od3IWCpmeJ4jOQay9jp56qWaruS2QoaD1Fctd9R4pAQr9R6zBBJ6wIRGy_L1UdhyXQCfBXkG7MKyUOZaBGEdt1bLWboIIg9XdqbAAVXN8bGTZKwWe7hNmKqIK9UqJs8Zh5UW/s400/woman-163425_640internet.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
São inegáveis e tão fascinantes as facilidades
disponibilizadas a nós por meio da internet que fica difícil imaginar nossas
atividades cotidianas sendo executadas sem acesso à web. Em pesquisa divulgada
no final de abril, o IBGE informou que o mundo virtual é realidade para quase
metade dos brasileiros e, em cinco anos, o aumento do número de usuários foi de
mais de 50%. Como ferramenta de uso ampliado e livre, a internet impulsiona tanto
a produção de conhecimentos fantásticos quanto a de lixo cultural, com
impressionante poder de multiplicação. Entre esses multiplicadores, temos os
chamados “haters” – odiadores, em tradução literal. Pessoas que postam
comentários de ódio ou crítica sem muito critério – e que, por incrível que
pareça, têm público cativo, especialmente nas redes sociais.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Em artigo intitulado “A arte de escrever para idiotas”, a
filósofa Marcia Tiburi classifica os diversos tipos de “críticos” que
conquistaram notoriedade na internet. Pessoas que não se abrem à experiência do
conhecimento, repetem clichês e defendem sem nenhuma razoabilidade ideias sobre
as quais nada sabem. Esse tipo de “escritor” é extremamente ativo e amplamente
aclamado. Ele inibe, muitas vezes, a exposição de ideias ou pontos de vista por
parte de especialistas em seus temas, que não estão dispostos a se expor ao
ódio gratuito dos milhares de “sem noção” espalhados pela rede.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Um exemplo clássico é a divulgação de situações que envolvam
governo e economia local. Um post recente de um tarimbado jornalista
catarinense sobre Lei de Responsabilidade Fiscal, suscitou comentários
inflamados blasfemando a Petrobras, as viagens dos deputados, os cargos
comissionados - assuntos totalmente desconectados do tema exposto. O tema
comissionados é, via de regra, o campeão de audiência entre os comentários
dos haters que expõem, com orgulho, sua total ignorância sobre o funcionamento
dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Importante deixar bem clara a
diferença entre aqueles que não sabem, porque muitas vezes não tiveram
oportunidade ou mesmo interesse – e aqueles que não sabem, não querem saber e
têm raiva de quem sabe.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Você, que está se dando ao trabalho da leitura deste artigo,
talvez não saiba que o que o Governo do Estado gasta com os cargos
comissionados não representa 1% do total da folha de servidores, e que SC tem o
menor quadro de comissionados do Brasil. Os números escancaram que,
definitivamente, não é aí que se concentram os gargalos para investimentos. Se
a sociedade fosse consciente do funcionamento das estruturas que ela ajuda a
bancar, talvez tivéssemos ainda mais haters – mas aí com conhecimento de causa.
Que protestariam, por exemplo, contra o fato de gastarmos mais com o pagamento
da previdência dos servidores públicos do que com educação e saúde para toda a
população. Nosso estado tem hoje o quarto melhor portal de transparência do
Brasil. E a grande maioria dos acessos ainda se dá para a consulta sobre os
salários dos servidores. O que falta não é informação, é interesse.<o:p></o:p></div>
Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-19374036446035649992015-11-01T06:20:00.003-08:002015-11-01T06:20:26.384-08:00A próxima crise<br /><div class="MsoNormal">
28 Julho 2015 (artigo publicado pela Associação dos Jornais
Diários do Interior de SC)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Por Antonio Gavazzoni<o:p></o:p></div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2fBxCPtaCUS9CyRjg2YIDPHY012rlqrGvt-79-BXJ_jg4ruHQQYO9szI4s-OAvRjBUzqY8AIdMRqpsZT90udDi-D2EetU1boNWhPCGY75WnefZMLfIiaKrPjilSTanbUzJX8BYnPVEXUe/s1600/despair-513529_640crise.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2fBxCPtaCUS9CyRjg2YIDPHY012rlqrGvt-79-BXJ_jg4ruHQQYO9szI4s-OAvRjBUzqY8AIdMRqpsZT90udDi-D2EetU1boNWhPCGY75WnefZMLfIiaKrPjilSTanbUzJX8BYnPVEXUe/s400/despair-513529_640crise.jpg" width="400" /></a></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não questiono o direito de qualquer ser humano de buscar
sempre o melhor para si, de lutar por seus direitos. Mas existem realidades
convencionadas imexíveis que precisam ser questionadas quando o contexto em
torno delas aponta para a necessidade de mudanças. Este é o caso da previdência
pública. Na esfera federal, a projeção de déficit da previdência social para
2015 é de R$ 72,8 bilhões: um rombo elevado em 28,4% sobre o ano passado,
percentual muito superior ao da inflação do período e à capacidade da
arrecadação pública.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Dados estarrecedores do Ministério da Previdência mostram
que a União gasta hoje, com previdência, cinco vezes mais do que o que investe
em educação e saúde. E essa desproporção deve aumentar, já que grande parte das
pautas no Congresso tende a agravar a situação. Ainda segundo o Ministério, em
2050 deveremos ter no Brasil três vezes mais idosos do que hoje.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Aqui no Estado, a realidade também é gritante: em 2014, o
gasto com a insuficiência financeira da previdência de 60 mil servidores e
pensionistas (entre executivo e Poderes) equivaleu a tudo o que foi gasto com
saúde para os mais de seis milhões de catarinenses. Somente este dado já
ilustra que a previdência é hoje, o maior problema do Estado. E não podemos
ignorar o fato – extremamente positivo, diga-se de passagem – de que Santa
Catarina é o Estado mais longevo do Brasil, com expectativa de vida de 78,1
anos. Cuidar melhor da qualidade de vida dessa população crescente também deve
ser uma de nossas preocupações.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Não se discute direitos adquiridos – até porque não há
solução para um problema criado no passado, quando se deixou de fazer poupança
por décadas. E também não existe milagre que venha a dar fôlego imediato ao
caixa do Governo. É no futuro que se precisa mirar. Hoje, arrecadar sempre
acima da inflação é o único instrumento à disposição dos Estados e do país para
manter as contas em dia. Se isso não acontecer de forma permanente – e já
tivemos demonstrações de que não acontecerá, teremos que optar por pagar
inativos ou assistir à sociedade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Politicamente, também é uma batalha inglória. Mas, do ponto
de vista moral, perante a sociedade, algo precisa ser feito. Criamos uma legião
de diferentes. Quando os cidadãos tiverem claro o custo de benefícios
exclusivos do serviço público, em comparação com o investimento em obras e
serviços, as manifestações irão além dos cartazes e da internet. Estabilidade,
trênio e licença-prêmio – apenas para listar alguns – são direitos adquiridos,
mas que não fazem parte da vida dos trabalhadores na iniciativa privada – que
formam a imensa maioria da população ativa. Essa maioria, ao ter acesso a
alguns casos gritantes, como de certas aposentadorias especiais e pensões, não
ficará passiva. A morte dos direitos se dá quando o fato é maior do que o
direito.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Estamos colocando o problema na mesa, discutindo com os
Poderes, ouvindo especialistas, estudando experiências exitosas. Não temos
receita pronta, mas é certo que alguns privilégios precisam ser corrigidos.
Decisões tomadas hoje contra a sustentabilidade vão implodir todo o sistema
amanhã. Se, sabendo do problema, não fizermos nada, no futuro seremos taxados
de loucos ou no mínimo irresponsáveis.<o:p></o:p></div>
Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-48100770065450324622015-11-01T06:12:00.001-08:002015-11-01T06:14:13.317-08:00Produtividade, caminho único para a gestão pública<div class="MsoNormal">
21 Julho 2015 (artigo publicado pela Associação dos Jornais Diários
do Interior de SC)<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Por Antonio Gavazzoni<o:p></o:p><br />
Comente aqui no blog ou por email: contatogavazzoni@gmail.com<br />
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivyQYJBZKzWNYWn-h0MHHVwW5DBUCYt47u2O6Ncc7k4wQFEa6-Car_0dj3CoTy5T0xJF2JU6PkTEl0H5E2lsoCn_AA3rbC5YHv0ghPYcjbvkIN5T0R7TEWDE_qJlKlLmKygqQtJJJtT21j/s1600/boat-606187_640produtividade.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivyQYJBZKzWNYWn-h0MHHVwW5DBUCYt47u2O6Ncc7k4wQFEa6-Car_0dj3CoTy5T0xJF2JU6PkTEl0H5E2lsoCn_AA3rbC5YHv0ghPYcjbvkIN5T0R7TEWDE_qJlKlLmKygqQtJJJtT21j/s400/boat-606187_640produtividade.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É possível implantar meritocracia e ganhos por produtividade
entre servidores públicos que já contam com bons salários, estabilidade no
emprego e benefícios diferenciados da grande maioria? A resposta é sim. E temos
um exemplo bem-sucedido no governo do nosso Estado – mais precisamente na
Secretaria de Estado da Fazenda.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
No ano de 2008, quando o mundo enfrentava uma grave crise
econômica que logo chegou ao Brasil, Santa Catarina foi o Estado primeira e
mais duramente atingido. Tivemos o infortúnio de assistir a uma das maiores
tragédias climáticas da história catarinense, com enchentes e deslizamentos que
avassalaram o Estado e deixaram, além de 128 vítimas fatais, cerca de 60% do
PIB diretamente afetado. A queda brusca na atividade econômica do Estado nos meses
de novembro e dezembro pintava um quadro assustador para as empresas e para a
administração pública. Em dois meses, a queda na arrecadação chegou a R$400
milhões.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Foi nesse cenário que assumi pela primeira vez a Secretaria
de Estado da Fazenda. Com muita vontade de acertar e apoio irrestrito do quadro
de servidores fazendários – sem dúvida um dos melhores do Brasil – decidimos
não nos render àquela catástrofe. Resolvemos o problema trazendo toda a
inteligência da Secretaria e construindo a solução para um pleito antigo. No
dia 13 de maio de 2009, o então governador Luiz Henrique da Silveira assinou,
perante um teatro abarrotado de servidores de todo o Estado, o Acordo de
Resultados da Fazenda. A partir dali, os ganhos variáveis dos fiscais, auditores
e analistas ficavam vinculados ao desempenho da arrecadação. Quanto melhores
fossem os números, melhores seriam os ganhos no contracheque. E se houvesse
queda na arrecadação, da mesma forma caía o valor percebido pelos servidores.
Estava plantada a semente da meritocracia, que, em seis meses, florescia com o
primeiro bilhão de reais arrecadado em um mês na história. Produzimos a maior
arrecadação de Santa Catarina e não o fizemos somente em cima do ICMS, mas
muito em função da cobrança de valores em dívida ativa, por empenho dos
profissionais contemplados pelo acordo de resultados. A diversidade e o
dinamismo da indústria catarinense também colaboraram para o resultado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
De 2009 a 2014, o crescimento da arrecadação em Santa
Catarina esteve sempre acima da média nacional. Chegamos a ter o maior
crescimento proporcional do país e em 2014 ficamos no topo do ranking dos
estados com maior crescimento na arrecadação de ICMS.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Podemos dizer que se trata de um case de sucesso. Embora
ainda não meçamos o desempenho individualmente, quebramos um paradigma do
serviço público. Outras áreas, como a saúde, começam a experimentar benefícios
da produtividade. Com o Plano de Gestão da Saúde, a partir de 2013 os médicos
de hospitais públicos estaduais passaram a receber conforme uma tabela de
pontuação por procedimento. É um trabalho que está no início, mas que, por
exemplo, auxiliou a produtividade do hospital Celso Ramos, em Florianópolis, a
saltar de 400 cirurgias por mês em 2014 para 1,245 em março deste ano - um
recorde em 50 anos de instituição.<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
São exemplos muito diferentes, já que o acompanhamento da
produtividade deve levar em consideração a realidade de cada ramo de trabalho.
Mas ambos mostram que esse caminho não só é possível, mas inevitável.<o:p></o:p></div>
Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-50365667883371137902015-11-01T06:09:00.000-08:002015-11-01T06:16:54.156-08:00Democracia e reinvenção do Estado<span style="font-family: Trebuchet MS, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPdrGsF3rSLYSzXTzvhyQvvK1VUMEkAnfyJhPmy00_ejZzVuAHoOcwKRG1LsTMlZwbdnmgqF21ZtGdlx7ulxZ5a31W8kpl8JegYWbqbALOYW0d0p9OrobRu0-GjWDPBaPXnbxEdAht7yYs/s1600/statue-of-liberty-401095_640_Democracia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPdrGsF3rSLYSzXTzvhyQvvK1VUMEkAnfyJhPmy00_ejZzVuAHoOcwKRG1LsTMlZwbdnmgqF21ZtGdlx7ulxZ5a31W8kpl8JegYWbqbALOYW0d0p9OrobRu0-GjWDPBaPXnbxEdAht7yYs/s400/statue-of-liberty-401095_640_Democracia.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: inherit;">Artigo de minha autoria postado no jornal Diário Catarinense</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Para comentar: contatogavazzoni@gmail.com</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br />
</span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Os regimes parlamentaristas buscam a sintonia com a opinião
pública por um modelo que permite a queda do governo em caso de crise ou
escândalos, sem significar retrocesso. No presidencialismo americano, onde o
voto é facultativo, os políticos correm atrás do engajamento da sociedade por
meio das prévias partidárias, que percorrem os estados em verdadeiras mini
eleições. Na pequenina Islândia, os cidadãos podem participar dos debates da
reforma constitucional usando redes sociais. O arranjo democrático varia, mas o
objetivo central é o mesmo: incentivar a população a debater temas importantes.
E no Brasil, o que temos feito nesse sentido? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"> Testemunhamos os
cidadãos indo às ruas pedir de tudo um pouco, do fim da corrupção à volta dos
militares. A diversidade temática indica uma insatisfação generalizada, sem uma
queixa central clara, diferente de quando os brasileiros saíram às ruas para
pedir eleições diretas. Quando a pauta é difusa, o desafio interpretativo ganha
outra dimensão, pois fica mais difícil transformar muitas palavras de ordem em
projetos transformadores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"> Um possível caminho
para enfrentar a irritação social seja analisar onde estão os abusos cotidianos
que o Estado comete contra o cidadão. São abusos que surgem silenciosamente e
se juntam a outros abusos mais antigos. O Estado abusa da sociedade, por
exemplo, na previdência, ao não apresentar um projeto eficiente que resolva o
caos. Isso vai estourar feio. E não demora<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"> Outro exemplo? O
acesso à Justiça é direito constitucional. Mas como garanti-lo se contamos com
17 mil juízes para desbastar 94 milhões de processos? Numa divisão aritmética,
cada juiz precisaria despachar 5.529 processos para vencer o estoque. Ao ritmo
de uma sentença por dia, levaria 15 anos para darem conta das ações estocadas.
Prometemos algo bonito na Constituição, mas não entregamos um sistema que
funcione no dia a dia.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"> Vamos empurrar os
problemas para nossos filhos e netos resolverem? Ou debatê-los agora, dando à
sociedade razões para voltar a acreditar em seus líderes? É possível modernizar
a gestão pública, reduzindo as promessas e melhorando as entregas. O Estado não
tem o tamanho dos nossos sonhos, mas o limite estabelecido pelo orçamento. Se
os governantes apontarem o caminho, as pessoas se sentirão mais respeitadas e
ficarão menos arredias.<o:p></o:p></span></div>
<div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: black;"><span style="background-color: rgba(255, 255, 255, 0);"><br /></span></span></div>
</div>
Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-33511192628484858252014-08-31T11:22:00.000-07:002014-08-31T11:37:42.647-07:0040 anosNo último dia 20 de agosto completei os simbólicos 40 anos e fui surpreendido não somente com uma grande festa dos amigos do trabalho - mas com um vídeo que verdadeiramente me emocionou e que compartilho com vocês. Sou mesmo um privilegiado pelo convívio com tantas pessoas especiais. Obrigado!!<br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/YdAzayZRTWs" width="560"></iframe>Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-30495259056037914632009-10-01T17:55:00.000-07:002009-10-01T18:06:33.845-07:00Weissbier e a ReinheitsgebotA cerveja de trigo, ou weissbier, é a especialidade da Baviera, mas não tem destaque na Oktoberfest de Munique. As razões para isso vem de 300 anos atrás, quando foi implantada a mais famosa lei sobre cerveja da Alemanha: "a exigência de pureza", ou Reinheitsgebot.<br /><br />Há 300 anos a cerveja de trigo era tão comum na Alemanha que levou à escassez de alimentos, pois os cervejeiros disputavam com os padeiros o suprimento de grãos. Para restaurar a ordem, em 23 de abril de 1516 o duque Guilherme IV da Baviera promulgou a chamada "Reinheitsgebot", que tornava ilegal o uso pelos cervejeiros d equalquer outro cereal que não a cevada, inadequada para fazer pão.<br /><br />Excetuou-se, entretanto, de sua própria lei quando delegou à Hofbrauhaus - a cervejaria da corte -, o direito exclusivo de produzir cerveja de trigo na Baviera.<br /><br />A Reinheitsgebot também proibia o uso de qualquer outro ingrediente que não fosse água, cevada maltada e lúpulos em cervejas de baixa fermentação, excluindo assim, não apenas frutas e codimentos mas toda espécie de iingredientes mais dúbios comumente adicionados, como urtiga e cogumelos.<br /><br />Isso deu à cerveja bávara uma garantia de pureza que era uma nítida vantagem comercial, e a lei em breve foi adotada em toda a Alemanha.<br /><br />A Reinheitsgebot não vigora mais, mas deixou como herança uma reputação de pureza e qualidade à cerveja alemã.Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-31119157258166813752009-10-01T17:52:00.000-07:002009-10-01T17:55:31.507-07:00OktoberfestHoje começa a Oktoberfest. Grande festa em Blumenau para todos apreciarem.<br /><br />Estive em Munique no ano passado e conheci a Hofbrauhaus, uma taberna que no passado foi a cervejaria do Estado e a única com licença para fazer cerveja de trigo na região da Baviera.<br /><br />Quando me explicavam que era uma cervejaria do Estado, fiquei confuso. Depois entendi.Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-29467262241644639962009-09-26T13:56:00.000-07:002009-09-26T13:59:42.721-07:00De volta...Opa! Aqui estou novamente. Sim, não poderia ter ficado tanto tempo sem aparecer. Mas essa é a vida! Muitas coisas, muitos compromissos...<br />Então, após muitas leituras e provas consegui aprovação no Doutorado da UFSC. As aulas começam já na segunda feira próxima.<br />Tenho algumas coisas bacanas para postar, espero que gostem.Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-79834609894862282812009-09-04T15:43:00.000-07:002009-09-04T15:46:45.675-07:00Roda dos expostos<strong><em>Roda dos expostos</em></strong> – num período em que a família brasileira tinha uma estrutura dupla, ou seja, um núcleo legal constituído pelo casal e seus filhos legítimos, e a <em>periferia</em>, constituída de todos os tipos de empregados e dependentes a roda dos expostos solucionava o problema do abandono nas ruas, nas portas das casas de famílias e até nas igrejas.<br /><br />Era a forma de salvar crianças em estado de abandono, causando preocupação pública, através de caridade institucional.<br /><br />O trabalho doméstico foi uma das formas de contrapartida recebida pelas famílias acolhedoras.<br /><br />Para a Roda dos expostos era uma oportunidade, também, de mão de obra barata ou gratuita, com o uso do trabalho infantil legitimado pela caridade, ou seja, a exploração transfigurada em virtude.Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-54094988951877003052009-09-04T15:38:00.000-07:002009-09-04T15:42:14.743-07:00Causas e consequênciasO trabalho doméstico é o que mais abrange o trabalho infantil.<br /><br />As causas são várias, pois trata-se de um fenômeno complexo:<br /><br />1. Raízes na escravidão que perdurou até século XIX<br /><br />2. Histórico de ausência de proteção da criança e produção de leis voltadas à disciplina, ao controle e à repressão do universo infantil, segundo o qual o trabalho emerge como instrumento hábil para a produção de corpos úteis e produtivos, adequados aos interesses políticos e econômicos.<br /><br />3. Relações de lealdade entre senhor e escravo – crianças empobrecidas brincavam ou eram brinquedos dos meninos da Casa Grande<br /><br />4. Questões econômicas, culturais, educacionais e políticas que definem o ingresso no trabalho infantil.<br /><br />5. Condições de pobreza e a baixa renda familiar são estímulos para o trabalho infantil doméstico.<br /><br />6. Precarização das relações de trabalho conduz à utilização da mão de obra infantil para manter o padrão econômico da família.<br /><br />7. A oferta e a demanda também são fatores determinantes. A oferta influenciada pelas características pessoais e do ambiente familiar, como idade e o gênero, a relação de importância atribuída às atividades de lazer e educação e a demanda, que inclui remuneração e a dispensa de qualificação específica para os empregos domésticos e a falta de atratividade da escola.<br /><br />8. A pobreza é a causa fundamental, mas não exclusiva, de todo o trabalho de crianças e adolescentes. As dificuldades de sobrevivência e a necessidade de complementação de recursos pelo trabalho das mulheres empurram as crianças para o trabalho infantil doméstico.Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-13820210545584930122009-09-04T15:37:00.000-07:002009-09-04T15:38:37.656-07:00Espaço domésticoO trabalho infantil doméstico coloca a criança e o adolescente num verdadeiro “esquecimento”, numa “invisibilidade”, vez que é realizado no espaço privado, que oculta sua exploração.Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-40385143895421478072009-09-04T15:31:00.000-07:002009-09-04T15:36:41.306-07:00Mitos do trabalho infantil domésticoEsta parte do livro me provocou muito. Disseram os autores que alguns mitos são utilizados como argumento de legitimação da ocorrência do trabalho infantil. Vejamos:<br /><br />1. <strong>É melhor trabalhar do que roubar</strong> – quem é trabalhador não é vadio (vadiagem era crime) – o Estado deveria garantir a propriedade com o uso da força sempre que necessário e também de formas “sutis”, como o presente mito.<br /><br />2. <strong>O trabalho da criança ajuda a família</strong> – até 1950 a idéia do trabalho familiar decorre de cultura arraigada no imaginário agrícola – nesse contexto histórico que o trabalho da criança sempre foi considerado como mão de obra à disposição da família – naturalizando o uso da mão de obra infantil.<br /><br />3. <strong>É melhor trabalhar do que ficar nas ruas</strong> – limpeza das ruas fundadas nos ideais higienistas. Meninos empobrecidos seriam associados à figura da delinqüência, e seu afastamento das ruas centrais era uma necessidade civilizatória. Na verdade era uma forma de desarticulação das reivindicações, restringindo-se o operário ao espaço da fábrica e da família.<br /><br />4. <strong>Lugar de criança é na escola</strong> – o “afastamento das crianças das ruas”, espaço considerado potencialmente perigoso, foi realizado por meio da repressão jurídico-policial, onde o “bem-estar” da criança se faria no espaço “intra-muros” da instituição estatal. Furta, no entanto, a capacidade de as crianças apreenderem um pouco por si próprios, a partir de outras experiência não escolares.<br /><br />5. <strong>Trabalhar desde cedo acumula experiência para o futuro</strong> – isso facilitaria acesso às oportunidades profissionais do futuro. O discurso individualista do “homem se faz” joga um importante papel no imaginário social. Revigora a ilusão das possibilidades de ascensão social no modo capitalista de produção.<br /><br />6. <strong>É melhor trabalhar do que usa drogas</strong> – associava-se a idéia de infância com estigma social da delinqüência, propondo uma falsa solução de que o trabalho seria o redentor das drogas.Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-15256806867080457392009-09-04T15:18:00.001-07:002009-09-04T15:31:35.411-07:00Crianças esquecidas"Crianças esquecidas - o trabalho infantil doméstico no Brasil" é o título de um livro dos professores da UFSC André Viana Custódio e Josiane Rose Petry Veronese.<br /><br />Foi uma das leituras que fiz para a prova de seleção no doutorado (ainda aguardo o resultado).<br /><br />No princípio achei que não seria interessante, mas me enganei profundamemente.<br /><br />O livro é muito verdadeiro.<br /><br />A origem da expressão <em>infância</em> está ligada "à ausência de fala" ou "à aquele que ainda não fala".Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-90656178694033287052009-09-02T17:09:00.000-07:002009-09-02T17:25:01.357-07:00Julio Garcia e seu conceito de políticaJulio Garcia é daquelas pessoas que compreendem o espírito humano. Num olhar já sabe com quem está lidando. Sabe orientar, tomar decisões, construir consensos. É um lider nato, com originalidade. Quem o conhece sabe!<br /><br />Tomou posse ontem como novo Conselheiro do Tribunal de Contas de Santa Catarina. Para uma pessoa que exercia a Política como um sacerdócio não é difícil prever que sua nova função pública, com toda a carga de conhecimento e de experiência que carrega, será igualmente exitosa.<br /><br />Gosto do Julio, é sincero. Ele sempre me deu bons conselhos.<br /><br />Quando falava sobre Política dizia: "é a arte de fazer o Bem"!<br /><br />Quem não conhece a Lei Julio Garcia, assim denominada pelo Governador Luiz Henrique, pois que direciona 1% de toda a receita do Fundo Social Catarinense em favor das Apaes catarinenses.<br /><br />Estes recursos, que são muitos, levam e consolidam dignidade àquelas pessoas especiais. É a política como arte de fazer o bem!<br /><br />No seu discurso de ontem afirmou: "largo a política, passo a ser um voluntário das Apaes!! Sempre foi!!Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-52028780747345477392009-09-02T17:03:00.000-07:002009-09-02T20:39:45.134-07:00Julio GarciaConheci o governador LHS no hotel Slim na BR 101 em dezembro de 2006. Os deputados Gelson Merisio, Julio Garcia, Onofre Agostini e Antonio Ceron me levaram ao governador para nosso primeiro encontro. Já havia sido definida a minha escolha como novo Secretário de Estado da Administração para seu segundo mandato.<br /><br />LHS olhou-me com firmeza. Suas primeiras palavras: “<strong>Cavazzaki</strong>, você não será apenas Secretário da Administração, mas será membro do Comitê Gestor, o órgão que me ajuda a tomar decisões estratégicas sobre o governo”.<br /><br />Fez-se silëncio, todos esperavam minhas primeiras palavras: “Governador Luiz Henrique, vou aprender sobre minhas novas funções e espero poder lhe ser útil. Mas lhe garanto: serei seu secretário mais leal”.<br /><br />O governador gostou da parte da lealdade. Confidenciou isto ao Ari Vequi, seu escudeiro fiel e Diretor Geral da Secretaria de Articulação e Coordenação. Meu futuro melhor amigo.<br /><br />Naquele dia, um pouco antes de chegarmos ao hotel Slim, perguntei aos deputados que me conduziam: “Gente, o que digo ao Governador? Estou nervoso!”. Respondeu-me o experiente Julio Garcia: “Diga apenas que lhe será leal”.Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-23995586990723784192009-08-30T08:56:00.000-07:002009-08-30T09:06:29.521-07:00A semana que passou...Semaninha dura, complicada, com viagens à Chapecó para atos de governo na terça e sexta. Viagem a Brasília na quarta para acompanhar o julgamento do TCU sobre as obras do porto de Itajaí e outros assuntos em órgãos federais... além de variadas reuniões e atendimentos ordinários da SEF.<br /><br />Mas a parte boa é que andamos, todos, empenhadíssimos e felizes com os resultados que estamos conquistando. Num ano difícil, com crises financeiras no mundo todo, agravadas em SC com os fatores ambientais de novembro no Vale do Itajaí e as estiagens do oeste neste ano, e ainda, as consequências à cadeia de produção da suinocultura causada pela equivocada rotulação da gripe HINI de "gripe suína", estamos conquistando bons resultados.<br /><br />No tempo próprio a mídia catarinense poderá fazer a sua parte.<br /><br />Mas, já que toquei no assunto, alguém entende ou sabe o motívo de rotularem a gripe HINI de "gripe suína"?? aguardo vocês.Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-9845698321363583432009-08-30T08:52:00.000-07:002009-08-30T08:55:59.880-07:00DemoraApenas para avisá-los que não abandonei o blog. Até terça feira próxima preciso ficar concentrado em 5 obras jurídicas, sociológicas e antropológicas, por conta da prova de seleção ao Doutorado da Ufsc. Isto sem prejudicar a loucura de nosso trabalho na SEF.<br /><br />Então imaginem como anda minha cabeça... acho que dando choque!! Nem "bom dia" consigo dar aos amigos.Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-34094642160919118572009-08-24T13:33:00.000-07:002009-08-24T13:44:35.944-07:00Para comecar a semanaPara começar esta semana, com animo e forca, vai aqui um trecho de uma musica de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">Gonzaguinha</span>:<br /><br /><br />"E a vida?<br />e a vida o que é diga lá, meu irmão?<br /><br />ela é a batida de um coração? ela é uma doce ilusão?<br />E e a vida... Ela é maravilha ou é sofrimento? Ela é alegria ou lamento? O que é, o que é meu irmão?<br /><br />Há quem diga que a vida da gente é um nada no mundo<br />é uma ponta, é um tempo que nem dá um segundo<br />há quem fale que é um divino mistério profundo<br />é o sopro do criador numa atitude repleta de amor<br /><br />Você diz que é luta e prazer ele diz que a vida é viver, ela diz que o melhor é morrer pois amada não é e o verbo sofrer<br />Eu só sei que acredito na moça e na moça ponho a força da fé<br />somos nós que fazemos a vida como der ou puder ou quiser<br /><br />Sempre desejada por mais que esteja errada<br />ninguém quer a morte<br />só <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">saude</span> e sorte<br /><br />E a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">pergunta</span> rola, e a cabeça agita<br />fico com a pureza da resposta das crianças é a vida, é bonita e é bonita<br /><br />Viver, e não ter a vergonha de ser feliz<br />Cantar, e cantar, e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz<br />Eu sei, que a vida devia ser bem melhor, e será!<br />Mas isso não impede que eu repita:<br />É bonita, é bonita e é bonita".Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-77847879661504700312009-08-20T15:42:00.000-07:002009-08-20T18:25:05.716-07:00AmigosGrandes amigos me brindaram com homenagens. Nenhuma merecida. Mas o importante é a amizade. Aquela sincera, verdadeira, aquela amizade que todos sabemos pode ser provada, testada. Aquela que se reconhece através do olhar, do aperto de mão, do abraço. Obrigado por tudo a todos!!<br /><br />Descobri hoje que tenho mais uma leitora, não virtual, mas que gosta do papel para a leitura, por isso sua querida filha Maria Isabel, minha assessora, tem também esta incumbência.<br /><br />Trata-se de Mariazinha Gallotti, pessoa querida, linda e elegante, que nos seus 86 anos sabe tudo da vida! Sempre que conversamos, aprendo. Existem pessoas na vida que por palavras, gestos e conduta nos ensinam, e por isso nos melhoram. Estas pessoas são imprescindíveis. Obrigado a todos, de novo, por tudo!!Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-26063301019588305352009-08-20T12:01:00.000-07:002009-08-20T12:05:28.128-07:00O velho e o marLi na noite de ontem esse antigo conto de Ernest Hemingway, escrito em 1952.<br /><br />O <em>velho e o mar</em> conta a história de um velho pescador que, depois de 84 dias sem apanhar um só peixe, acaba fisgando um de tamanho descomunal, que lhe oferece inusitada resistência e contra cuja força tem de opor a de seus braços, do seu corpo, e, mais do que tudo, de seu espírito.<br /><br />Um homem só, no mar alto, com seus sonhos e pensamentos, suas fundas tristezas e ingênuas alegrias, amando com certa ternura o peixe com que trava ingente luta até levá-lo a uma derrota leal e honesta.<br /><br />Já disse em outra postagem que gosto de Jorge Luiz Borges, daquela sua frase “<em>nosso dever é a esperança</em>”. Nessa leitura aprendi lição maior: “<em>É uma estupidez não ter esperança. É um pecado perder a esperança</em>”<br /><br />Lanço aqui alguns fragmentos que anotei sobre o velho enquanto lutava com o peixe:<br /><br />Lição 1. “<em>Pode ser que não esteja tão forte como penso, mas conheço todos os truques e não me falta decisão</em>”<br /><br />Lição 2. “<em>Em nossas lutas não deve haver pânico</em>”<br /><br />Lição 3. “<em>É melhor ter sorte. Mas prefira fazer as coisas sempre bem. Se a sorte lhe sorrir, estarás preparado</em>”<br /><br />Lição 4. “<em>Agora não é momento de pensar naquilo que você não tem. Pense antes no que pode fazer com aquilo que tem</em>”Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-75821333859014433462009-08-20T12:00:00.000-07:002009-08-20T12:01:38.336-07:00AniversárioOntem trabalhamos muito. Chegamos a Joinville no fim da tarde para seguir agenda com o Governador Luiz Henrique. Depois, já tarde da noite voltamos de carro. Cheguei em casa para um jantar com alguns amigos próximos, aqueles que sempre freqüentam minha casa. Julio Garcia, Gelson Merisio (a casa é dele), Cezar Souza Junior e outros. Era um jantar para comemorar o dia 20 de agosto, meu aniversário.<br /><br />Foi bom, muitas risadas. São bons amigos.<br /><br />Como já era meu aniversário, resolvi dar-me um presente.Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-58364304583241950492009-08-18T19:55:00.000-07:002009-08-18T20:55:39.259-07:00O cavaleiro preso na armaduraLi nestes dias um breve livro com esse titulo: "o cavaleiro preso na armadura".<br /><br />O autor Robert Fischer.<br /><br />Um certo cavaleiro distancia-se tanto das pessoas que lhe <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_0">são</span> importantes a pretexto de combater <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_1">dragões</span> e salvar donzelas que fica preso em sua armadura. Sem poder sequer se alimentar ou ser visto por sua <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_2">família</span>, parte em busca de <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_3">salvação</span>.<br /><br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_4">Lição</span> 1. "problemas <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_5">são</span> oportunidades que <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_6">estão</span> chegando"<br /><br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_7">Lição</span> 2. "uma pessoa <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_8">não</span> pode fugir e aprender ao mesmo tempo, ela precisa ficar algum tempo no mesmo lugar"<br /><br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_9">Lição</span> 3. "E comum as pessoas <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_10">não</span> terem a <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_11">consciência</span> do caminho que <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_12">estão</span> seguindo"<br /><br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_13">Lição</span> 4. "Quando <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_14">você</span> apreender a aceitar em vez de ter expectativas, seus desapontamentos <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_15">serão</span> menores"<br /><br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_16">Lição</span> 5. " Nos levantamos barreiras para proteger quem pensamos ser. <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_17">Então</span> um dia ficamos presos <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_18">atrás</span> das barreiras e <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_19">não</span> conseguimos mais sair"<br /><br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_20">Lição</span> 6. "Como me <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_21">conheço</span>, posso conhecer <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_22">você</span>. Somos todos parte um do outro"<br /><br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_23">Lição</span> 7. "O conhecimento e a luz <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_24">através</span> da qual <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_25">você</span> encontrara seu caminho"<br /><br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_26">Lição</span> 8. "A <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_27">ambição</span> que vem do <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_28">coração</span> e pura. Ela <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_29">não</span> compete com <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_30">ninguém</span> e nem fere <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_31">ninguém</span>, ela serve a todos"<br /><br /><span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_32">Lição</span> 9. "Deus deu ao homem coragem. A coragem da' Deus ao homem"<br /><br />Ps: computador novo, nao consigo me entender com a ortografia, etcAntonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-22675524787488568842009-08-11T17:40:00.000-07:002009-08-11T17:54:46.183-07:00DeontologiaSempre disse aos acadêmicos com quem trabalhei que o Direito é o melhor curso do mundo! Possivelmente existam outros melhores cursos do mundo (dependendo sempre da ótica de quem pensa).<br /><br />O Direito pode ser um instrumento de construção da harmonia... ou pode ser o seu pior pesadelo...<br /><br />Quem faz o Direito são as pessoas, cada uma com suas próprias virtudes, defeitos, com sua carga emocional de vida, enfim, o Direito é um produto humano. Não é divíno. É falível, portanto.<br /><br />Se pudesse dizer a vocês o que pode fazer do Direito um algo bom, seria apenas o respeito à deontologia, à regras simples de ética.Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-55749511536614387362009-08-11T16:57:00.000-07:002009-08-11T17:38:06.702-07:00Dia do advogadoO dia 11 de agosto é a data da lei de criação dos cursos jurídicos no Brasil e é também o Dia do Advogado. Esse dia é também conhecido como o "Dia do Pendura", uma tradição do início do século 20, quando comerciantes costumavam homenagear os estudantes de Direito deixando-os comer de graça. O dia é até hoje temido nos restaurantes, pois dizem que a tradição de comer sem pagar continuou a ser seguida...<br /><br />Sou formado em Direito. Gosto do Direito. Nunca saí sem pagar de qualquer lugar.<br /><br />Comecei minha faculdade na Unoesc de Joaçaba no dia 3 de março de 1993. Nunca me esqueço. Depois transferi para a Unoesc de Chapecó. Formei-me em 1 de agosto de 1998. Já estava aprovado para o curso de Mestrado em Direito, tendo adquirido o título de mestre em janeiro de 2001.<br /><br />Comecei a lecionar na Unoesc de Xanxerê, no curso de Contabilidade já em outubro de 1998. Minha primeira matéria foi Direito Tributário. Daí não parei mais.<br /><br />Já em 1999 trabalhei na implantação do curso de Direito na Unoesc Xanxerê, e em 2000 tivemos nosso primeiro ingresso. Turma que se formou em 12 de agosto de 2005. Turma que leva meu nome. O curso tinha 5 anos, dos quais lecionei para eles por 2 anos e meio. Acho que eles, os acadêmicos, já tinham um pouco de nojo de me ver. Vivemos coisas interessantes... Ficamos amigos, perdemos amigos (por acidentes), apreendemos, cooperamos, nos ajudamos. Eles estando interessados em apreender, eu em apreender para poder dizer algo. Ganhamos todos. Acho que eu ganhei mais.<br /><br />Hoje é dia do advogado. A advocacia é um ofício nobre: representar com ética interesses. No exercício desta representação, opor, contrapor, argumentar, debater, convencer... reconhecer. Alguns diriam "vencer". Não gosto disto. Não se vence, se reconhece uma situação em Juízo.<br /><br />Sempre gostei de uma história escrita por John Grisham, que depois virou filme: "O homem que fazia chover". Vale a pena o livro, vale a pena o filme!<br /><br />Sinopse: "O homem que fazia chover" narra a história de um jovem advogado desempregado. O rapaz não só acredita em seus sonhos como transforma-se na única esperança de um pobre casal que luta contra o sistema de saúde americano.<br /><br />A lição é simples: "fazer chover" é "conquistar o impossível". <em><strong>Na vida existe uma linha imaginária que divide o certo do errado... se uma única vez essa linha for transposta ela se apaga e você não sabe mais por onde estará pisando...</strong></em><br /><strong><em></em></strong><br /><strong><em></em></strong>Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2563500053245231663.post-18578528465686274352009-08-10T16:36:00.000-07:002009-08-10T17:23:10.173-07:00Notícias de última hora"De uma hora para outra, a crise bateu. A bolsa de valores, que não parava de quebrar recordes de alta, despencou. Dinheiro virou coisa rara no mercado. Empréstimos minguaram. Com medo do pior, todo mundo passou a gastar menos. Aí piorou de vez: sem crédito nem clientes, empresas que até outro dia tinham seus maiores lucros na história não conseguiam mais fechar as contas.<br />E quase ninguém deu conta: de cada 100 companhias, 72 fecharam as portas. As que não morreram acabaram gravemente feridas: até a maior empresa do mundo viu seu valor de mercado cair 80%. O governo precisou agir para evitar o desastre completo. E apontou o grande culpado pela crise: a ganância dos homens que tinham transformado a economia em um cassino.<br /><br />"<em>Vamos restringir as práticas perniciosas dos corretores e negociadores de ações</em>", escreveram os parlamentares. Um analista financeiro resumiu bem a coisa: "<em>Qualquer um poderia ter previsto que a alta das ações a um preço tão superior ao quanto elas valem de fato teria uma consequência fatal</em>". Teve mesmo.<br /><br />"<strong><em><span style="font-size:130%;">Tudo isso aconteceu em 1697</span></em></strong>. O governo era o britânico, que precisou intervir para colocar rédeas no mercado financeiro depois que uma bolha de crescimento econômico estourou e deu lugar à maior crise da história até então. E o analista era o escritor <strong>Daniel Defoe</strong>, que 18 anos depois publicaria <em><strong>Robinson Crusoé</strong></em>"<br /><br />Essa notícia usei muito em algumas palestras que proferi neste ano, quando convidado a falar sobre a situação econômica de Santa Catarina nesse contexto global.<br /><br />A retirei da revista "SuperInteressante" edição 264 de abril/2009 (p. 25).Antonio Gavazzonihttp://www.blogger.com/profile/08037011720343929327noreply@blogger.com1